De acordo com o técnico da Anvisa Marcelo Sidi, que presidiu a palestra, o formol, nas concentrações permitidas, não age como um alisante de cabelos. "Utilizamos até 0,2% de formol, mas com a ação de conservar o produto e não com a função de alisar" explicou. Segundo Sidi, a substância também pode ser utilizada como endurecedor de unhas. "É permitido o uso de até 5% em esmaltes, mas a cutícula deve ser protegida com óleo ou cera."
Em março, uma mulher morreu após fazer escova progressiva em Goiás. Três dias após aplicar o produto durante a técnica de alisamento, a dona de casa Maria Eni da Silva, de 33 anos, teve uma reação alérgica e uma intoxicação causou sua morte.
O uso do formol em cosméticos é nocivo ao organismo. "O formol é um agente irritante da pele e sua utilização pode causar, a médio e longo prazo, câncer de pele e pulmão", disse. Se o gás for inalado, causa tosse, dor de garganta, tontura, irritação no nariz, não só no cliente, mas também no profissional.
Existem no mercado produtos que, sem utilizar formol, garantem o liso prolongado aos cabelos. É o caso do tioglicolato de amônia. "Deixa o cabelo definitivamente liso", explicou a técnica do departamento de alisamento e tratamento da marca Tânagra, Márcia Esther Gomes de Oliveira.
As autoridades de saúde já alertaram: o conteúdo do frasco é
extremamente perigoso. Estamos falando do formol, substância química, de
cheiro forte, e cuja venda é controlada. Então, por que as mulheres
continuam usando o formol? E por que salões de beleza insistem em
aplicar o produto, em doses excessivas, para alisar o cabelo?
Aos desavisados freqüentadores de salões de beleza o que pode parecer
uma solução milagrosa, para pôr fim aos cabelos crespos, para a saúde é
uma grande ameaça. Em relação às denúncias envolvendo os riscos de
alisantes clandestinos, produzidos a partir de concentrações elevadas de
formol, principalmente no Rio de Janeiro, a Anvisa alerta sobre a
necessidade de o consumidor tomar alguns cuidados básicos na escolha e
uso desses produtos, considerados de risco potencial, por conter
substâncias tóxicas que exigem controle rigoroso.
A Anvisa tem recebido
inúmeras denúncias de casos ocorridos pelo uso
indevido de alisantes, que causam sérios danos à saúde, como queimaduras
no couro cabeludo, queda parcial ou total dos cabelos, lesões na
córnea, problemas no trato respiratório e até morte por choque
anafilático.
Salões de beleza e cabeleireiros inescrupulosos estão utilizando produtos irregulares, adulterados, acrescentando formol aos produtos prontos para o uso. Esta “manipulação” é inadequada e irregular.
O consumidor, usuário de serviços desses estabelecimentos, deve ficar atento e procurar somente aqueles profissionais de sua confiança. Deve pedir todas as informações sobre o produto utilizado em seus cabelos. Lembre-se de que os alisantes têm algum cheiro, mas, o cheiro de formol é diferente por ser muito mais forte.
Salões de beleza e cabeleireiros inescrupulosos estão utilizando produtos irregulares, adulterados, acrescentando formol aos produtos prontos para o uso. Esta “manipulação” é inadequada e irregular.
O consumidor, usuário de serviços desses estabelecimentos, deve ficar atento e procurar somente aqueles profissionais de sua confiança. Deve pedir todas as informações sobre o produto utilizado em seus cabelos. Lembre-se de que os alisantes têm algum cheiro, mas, o cheiro de formol é diferente por ser muito mais forte.
Os riscos do Formol:
Contato com a pele (couro cabeludo) - Tóxico. Causa irritação à
pele, dor e queimaduras.Contato com os olhos - Causa irritação, vermelhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis
Inalação - Pode causar câncer no aparelho respiratório. Pode causar dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da freqüência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. Pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia. Fatal em altas concentrações.
Exposição crônica - A freqüente ou prolongada exposição pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites. O contato repetido ou prolongado pode causar reação alérgica, debilitação da visão e aumento do fígado.
Fonte: Texto extraído do site da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br